quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Eu li...

o Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente

Este texto apresenta-nos o desfile de várias personagens que,depois de mortas, serão julgadas pelos pecados cometidos na Terra.
Assim, as almas vão chegando ao cais,onde encontram duas barcas representativas do seu destino: a do Paraíso,com o Anjo e a do Inferno comandada pelo Diabo, seguido pelo seu companheiro. Obviamente, a primeira conduziria à salvação; a outra levará os finados para a condenação eterna.
Em primeiro lugar, aparece-nos um Fidalgo de solar, acompanhado pelo pajem que lhe carrega a cadeira e lhe segura o manto. Este nobre é uma personagem-tipo, já que, sozinha, representa a classe social da Nobreza O mesmo acontece com aqueles que vão chegando: Onzeneiro, Parvo, Sapateiro, Frade, Alcoviteira, Judeu, Corregedor, Procurador, Enforcado e os Quatro cavaleiros de Cristo.
No fim, aqueles que lutaram pela fé católica e dilataram o Império são merecedores da salvação. O Parvo permanecerá no cais que funciona como uma espécie de Purgatório.
Em resumo: a forma como nós agimos na Terra conduzir-nos-á para o Céu ou para o Inferno!

Nós gostámos muito de analisar este auto,pois ele é intemporal,uma vez que os temas abordados continuam a ser actuais.Veja-se,por exemplo,a corrupção hoje em dia na banca portuguesa.
Por outro lado, através do cómico ,Gil Vicente vai dizendo as verdades e moralizando, fugindo à monotonia.


Eu li a obra e vi o Auto do Aleatório.
O texto, depois de adaptado,resultou numa peça teatral divertida e apropriada aos dias de hoje.Por exemplo, o encenador João Fino optou por não incluir o Judeu, uma vez que não faz sentido condenar alguém devido à sua religião.O Anjo, por seu lado, apresenta-se de uma forma um tanto ou quanto radical, com vista a uma maior aproximação ao público.
Efectivamente, adorámos ver a peça do GRETUA! Foi mais giro do que ler o auto!



9ºano, turma D

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