terça-feira, 21 de junho de 2016

As Receitas do Chefe

Os alunos do 2.º ano da Gafanha de Aquém terminam este ano letivo em grande quanto à sua participação no "Clube de escrita e de leitura. Partilhamos com todos a sua produção escrita.

















terça-feira, 7 de junho de 2016

Top + Melhores leitores!



Sessão de Leitura e entrega de prémios


Concurso "A Frase Correta"


A Frase Correta
E os grandes vencedores deste concurso são:   

Beatriz Rebelo – 5º A
Ana Barros – 7º D
                                       Carlos Neves- 7º E



Parabéns a todos e … Continuem a participar!!!


Equipa BE

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Palhaço feliz!

O Palhaço Feliz!
(da Ilustre Casa Escola Básica da Gafanha d’Aquém)

As luzes aproximavam-se da entrada da grande tenda do circo. Nas bancadas, um enorme silêncio, apesar de todos os lugares estarem ocupados. Todos esperavam a entrada de alguém que o apresentador do Grande Circo anunciara. Ninguém sabia bem quem era pois apenas fora dito que se tratava de uma grande figura, internacionalmente conhecida.
Tudo estava escurecido e só um foco de luz sobre a entrada por onde iria aparecer…
As crianças fixaram os olhos bem abertos naquela entrada e… esperavam ansiosos. Quem seria que ia entrar? O apresentador tinha dito que era alguém que se transformaria no seu maior amigo!
Já se ouviam uns passos, pesados. Seria alguém que tinha, com certeza, uns sapatos grandes. E era mesmo!
Debaixo daquele foco de luz forte, surgiu, de repente, todo sorrisos, de enormes sapatos, de malinha numa mão, um bonito guarda-chuva na outra, grande laçarote ao pescoço, um bonito chapéu azul com uma flor… uma combinação de cores que era uma verdadeira explosão de alegria!
À sua entrada, toda a criançada rebentou num aplauso… enquanto o apresentador ficava mudo de espanto! E a gaguejar, exclamou, meio incrédulo:
– Mas este palhaço é de cartão! Como é que pode andar e entrar por aqui dentro?!
Enquanto os adultos permaneciam calados e admirados, as crianças deliravam de alegria e esperavam o aperto de mão que o palhaço andava a distribuir pela plateia. Todas as crianças estavam a ser cumprimentadas por aquela figura fantástica que, apesar de ser feito de cartolina, ganhava vida junto da pequenada.
Feitos os cumprimentos, dirigiu-se ao apresentador e perguntou:
– Então boa tarde, senhor apresentador! Mandou chamar-me? Pois aqui estou.
Ainda a gaguejar, o apresentador olhou-o, mais espantado:
– E também falas? Como é isto possível? Eu devo estar a ficar maluco!
– Não, não, meu caro amigo! Não está nada maluco. Ora toque. Sou mesmo eu, o Palhaço Feliz!
– Mas … és feito de cartolina?!
– Sim, senhor. E cheio de vida!
– Não pode ser! Isso não é possível.
– É sim senhor. Com as crianças é tudo possível.
– Ora explique lá isso!
– Repare! Foi um grupo de crianças que me fez. E eu tornei-me real nas suas mãos. Elas deram-me vida. Eu transporto os seus sonhos nesta malinha que trago nesta mão. Com este guarda-chuva que trago na outra mão, protejo-me de qualquer problema ou tempestade. É para afugentar os medos. Este laçarote dá-me alegria porque enfeita o meu sorriso, sempre pronto em qualquer momento. O meu chapéu é necessário em todas as minhas brincadeiras, para me proteger do sol quente. Quer melhor?
– Mas quem é esse grupo formidável, que conseguiu fazer um palhaço de papel que anda e fala?
– Eu digo! Olhe, a Sofia, a Rute, o Rafael e a Maria desenharam-me. Com muito jeitinho e cuidado! A Luciana, o Leandro, a Laura e a Lara, cortaram-me em peças que me compõem; o Guilherme, o Enzo, o David e o Daniel reuniram e juntaram-nas muito bem. O Bruno e a Andreína ajeitaram o meu chapéu, encheram a minha mala e ainda me deram um guarda-chuva.
– A sério? Mas quem são essas crianças tão giras e tão cheias de imaginação?
– São um grupo espetacular que tem a capacidade de sonhar e de imaginar coisas giras. Como eu! E tem tanta vontade de imaginar que consegue dar-me vida. E aqui estou, a andar, a falar, e a viajar pelo mundo. Tudo isto, para aprender mais.
– E consegues trazer-nos o quê?
– Olhe, já consegui espantar-vos. A seguir, fiz com toda a gente parasse para me ouvir. E agora, sei que estão deliciados comigo. Querem maior categoria do que esta? Eu até vos digo já a seguir qual é o segredo do meu sucesso!
– E, então, qual é? Diga lá, já que está aqui ao pé… de nós!
– Pois com certeza que digo. É que, sei que já sabe, sou um palhaço que traz na mala todos os sonhos de crianças felizes, para que eles se realizem, trago uns sapatos enormes que me vão fazer construir as caminhadas pela vida longa e duradoira; trago um guarda-chuva que me protegerá de qualquer tempestade, real ou imaginária; venho de chapéu, que me enfeita e me faz brincar ao sol.
– E não quer dizer-nos qual é o nome de tão ilustre figura?
– Mas é claro que digo. Estava a ver que não perguntava! É que, e isto sei que não sabe, eu pertenço a uma grandiosa família e meu nome é um nome real… Sim, sim, o meu nome é comprido e fino como o de um verdadeiro príncipe. Ora oiça com atenção pois está a falar com esta altíssima e digníssima figura que sou: Filipe Daniel Engraçado Doce Pipoca da ilustre casa de Gafanha de Aquém.
– Estamos esclarecidos, sua Alteza! E diga-me, já conseguiu aprender muitas coisas?
– Sim, já verifiquei que sempre que a minha curiosidade acorda, quero ver tudo, sempre que o apetite aperta, quero experimentar sabores novos; sempre que o sono me bate à porta, quero descansar, sempre que me apetece sorrir, quero dançar, saltar, correr e cantar; sempre que estou cansado, quero deitar-me numa cama fofa e sonhar; sempre que estou a sonhar, quero ler e imaginar… o que vem a seguir. E por falar em “a seguir”, agora tenho de ir, pois está na hora de perguntar aos meus meninos o que querem eles que eu faça ou para onde devo ir depois deste encontro com V. Exª e com este simpático público!...
Até breve!!!
Profª Maria Adelaide Oliveira Ferreira