terça-feira, 12 de janeiro de 2016

OS MEDIA E A CRISE DOS REFUGIADOS


"É pelos media que temos acesso a informação relevante sobre o mundo. O problema da crise dos refugiados, que parece novo porque nos bateu em cheio à nossa porta, não foge à regra. Nesse sentido, os media são e serão imprescindíveis. Temos hoje acesso a uma evidente quantidade e aparente diversidade de informações. A Internet e as redes sociais possibilitam o acesso a um grande número de fontes, ainda que de valia variável. Mas é inquestionável que a informação que nos chega procede esmagadoramente de agências e de meios que vêem o mundo a partir de determinados ângulos: do seu lugar geográfico, que condiciona, como sabemos, a relevância das matérias escolhidas; das fontes a que os media têm mais facilmente acesso ou daquelas que se organizam para fazer valer determinados pontos de vista e interpretações sobre a realidade junto dos media; e, naturalmente, das estratégias e interesses dos grandes grupos mediáticos que detêm e controlam os media.
(...)
A Agenda reúne 29 propostas de atividades, na sua maioria dedicadas a crianças e jovens, tendo como principal centro de ação as instituições escolares. Abrindo com um conjunto de propostas que pretendem refletir e analisar o conceito, a situação e as rotas dos refugiados, as atividades seguintes apresentam diferentes ângulos de abordagem desta problemática, recorrendo aos media ora como objeto de exploração e análise, ora como recurso de aprendizagem. Não pretendendo ser um receituário, este conjunto de propostas pretende inspirar todos aqueles que pretendam compreender melhor, ou ensinar a compreender melhor, as circunstâncias, causas e caraterísticas da movimentação de centenas de milhar de pessoas oriundas da Síria, e em geral do Médio Oriente, assim como de África. Tendo como propósito a Educação para os Media, pretende-se promover a análise do modo como esta crise tem sido coberta pelos media: os aspetos que mais salientam, as imagens que publicam, os sons que propagam, os problemas que (não) explicam, as histórias que (não) apresentam, bem como as zonas de silêncio e de nebulosidade que nos podem impedir de ver e de ler melhor o mundo em que vivemos. Apresentação Achegas para um problema complexo.

 Manuel Pinto, Sara Pereira e Maria José Brites

Refugiados pistas de trabalho

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